Confesso, queria tê-la como inimiga Seguir-te os passos até o inferno Caçar-te na multidão Ávida de teu sangue Prestes a derrubar-te Queimar em ódio ácido Na eminência de destruir-te Fazer de um estúpido desejo O sentido de nossa existência Superar-te diante de teus olhos Dominar-te os pensamentos Causar-te insônias incuráveis Úlceras gástricas Secar-te a boca Gelar-te da cabeça aos pés Imputar-te os mais sujos desejos Envolver-te o pescoço Privando-te lentamente do ar Tirarem-te das órbitas os olhos Rasgar-te a pele em pedaços Engolir-te completamente Insuflar-te tremores e choques Remover-lhe a consciência Lançar-te longe contra o espelho Ouvir-te cair despedaçando tua imagem Fazer-te gritar, urrar, sussurrar Privar-te dos sentidos Prensar-te contra a parede Rir ante teu rosto perplexo Levar-te a falar, detonar Sorver-lhe o fôlego Puni-la e perdoá-la Venha! Levante-se! Golpeie-me para longe! Lute! Lute comigo Quero lutar com você Apenas com você