Durmo e acordo tateando no escuro Num mundo de memórias, apagado e chateado Brumas cinzentas dos vestígios passados Um suspiro que morre no peito. Coração fraco e enterrado, soterrado de ilusões Desculpe-me a dureza e o peso de meus sentimentos A escureza de onde falo, a frieza dessa vida. Peço compreensão, ainda que não carregue o fardo de sentimentos tão tolos e inúteis. Como se preciso fosse pedir, já sabes... Me espere, sei que espera, me espera com paciência infinita e um dia hei de chegar e tocar sua mão. Por vezes vem e me abraça, quando me estendo até os limites do possível e eis um abraço... Abraço daqueles que fazem calar tudo ao redor e então deixo de ser apenas eu e sou então... Num mundo despedaçado e miserável como esse não nos resta nada além de memórias, como verdades absolutas, vontades resolutas. Aqui acessamos o amor, pequeno pedaço de amor, por meio da memória guardada, prisão do passado, então deixe-me transmitir um pouco, quase n