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Mostrando postagens de novembro, 2011

Não conte comigo

Certo dia disse como todo e qualquer mortal: “Conto com todos”, “Conto contigo”, “Conte comigo”. O que mais de tantas ilusões eu disse? Não conte mais... Não conte comigo, nem com todos. Não conte mais... Quando de todas as ilusões, uma sequer tenha valido realmente a pena, não me conte nem comigo conte. Por um acaso contastes mesmo consigo, com quem quer que seja, sem que lhe postasse uma bela dose de cobrança, acrescido de certa desconfiança, expectativa e medo? Não conte comigo, não estou aqui para lhe oferecer segurança, estabilidade, previsibilidade, nem para amparar um peso que mal se sustenta de pé sobre suas próprias bases. Não, este não é um recado ou aviso pessoal, esta é uma realidade que se encaixa ao ser humano. Não é preciso segurança, nem estabilidade, não é preciso buscar eternamente tais ilusões de estado que a nada levam a não ser ao caos. Não é preciso depender, se apegar, agarra-se, como um desesperado que se afoga. Não há porque encontrar
Há algum tempo opero no limite. Até onde se estendem as fronteiras que me cercam, entre visão e cegueira, eminencia de emergir. Prestes a submergir de volta ao fundo, ao silêncio eterno dos oceanos calados, onde mal se propagam as ondas de som. Universo infinito a calar o caos insignificante das vidas que aqui se chocam para sobreviver. Certo dia chorei no caminho para casa, um retorno custoso, certa do cansaço. As lágrimas continham no sal amargo das águas que rolam, um sentido que se afasta dos dramas da vida, da teia de relacionamentos que nos envolvem e aprisionam nas mais obscuras tragédias. Um mundo de milhares de egrégoras, imensos cúmulos a escurecer, entristecer. Aos poucos a mente que insiste em reger meus movimentos, pensamentos, sentimentos, começa a desvelar o caminho linear e certo da vida, um novelo intrincado, labirinto confuso, um quebra-cabeças que jamais se encaixa. O filme retrocede ao passado e então começo aos poucos a desaparecer, apagar-me diante dos ev